ZONA 1
Como citado no post sobre o zoneamento em escala 1:2000, para a zona 1, mais afastada do bairro, foi designado o bloco de capacitação, imaginando-o como um espaço de uso de contraturnos e cursos, utilizando-o como uma estratégia de atrair um rol fixo de pessoas para esta área como forma de garantir sua vitalidade, evitando manter a convicção da apropriação de forma espontânea e a nível rápido da zona, baseando-se apenas em áreas de lazer.
O bloco de capacitação ofereceria cursos técnicos e profissionalizantes - com atenção especial às atividades de manufatura ligadas à cultura local - , oficinas de contraturno para as crianças - informática, dança, música, etc., bibliotecas - , espaço de apoio para os equipamentos esportivos, café e lanchonetes. Para este bloco, tido como centralidade desta zona, convergem as passarelas principais elevadas advindas das zonas 2 (bloco do restaurante popular) e 3 (bloco do centro cultural), alcançando seu terraço e distribuindo-se através de rampas centrais até o nível do solo.
Configurando, então, o entorno do bloco estão distribuídas áreas de convívio com usos diversificados, voltados:
Ao esporte, como campo de futebol - a comunidade tem uma demanda recorrente de obter um campo de futebol comunitário, que o grupo idealizou como um equipamento também onde possam ocorrer projetos de inclusão de crianças e adolescentes à esportes como o atletismo - , quadras poliesportivas, bowl para skate - nessa categoria também se inclui o redesenho da ciclovia que margeia a borda do aterro com o mangue: visando concedê-la um caráter de contato maior com o espaço e menos monótono, atribuiu-se sinuosidade ao seu caminho, que permeia os espaços de lazer, criando eixos visuais diferenciados e uma interação com a paisagem;
Ao lazer, a partir de áreas livres, idealizadas como “pipódromos”, já que é comum haver encontros de grupos da comunidade para a brincadeira de soltar pipa no local do aterro e também como espaços onde podem ocorrer ensaios da escola de samba local; Área arborizada de convívio com churrasqueiras e espaços de estar, próxima ao córrego - o córrego seria alargado para aproximar o contato do usuário com a água e o sistema local - e playgrounds em geral para entretenimento infantil;
À educação ambiental, criando caminhos - em material pouco invasivo - que adentram o espaço do mangue e dão acesso às “prainhas” presentes na borda do aterro; Nesses caminhos poderiam ocorrer visitas guiadas de estudo sobre a população do ecossistema do mangue, área que pode ser pesquisada dentro dos centros de capacitação.
Há também o plano de se realocar os pescadores, hoje presentes próximo à saída do túnel, para uma das “prainhas” localizadas na borda desta zona, com acessos bem demarcados e interligados aos demais espaços, como forma de reintegrá-los à dinâmica do espaço urbano.